No alto a manchete da capa. Abaixo a manchete da página 3, de O GLOBO
No alto a manchete da capa. Abaixo a manchete da página 3, de O GLOBO


O jornal FOLHA DE S.PAULO noticiou ontem, que o governador Sérgio Cabral estava “enfurecido” por saber que a ministra Dilma Rousseff, na semana passada se encontrou comigo no Rio de Janeiro. A notícia veiculada dizia inclusive, que “a despeito da ação de bombeiros, Sérgio Cabral ainda não digeriu o encontro reservado que Dilma Rousseff teve com Anthony Garotinho”.

Hoje, o jornal O GLOBO que funciona como Diário Oficial de Sérgio Cabral dá na primeira página a manchete acima e dedica quase uma página ao assunto. É claro, que seguindo sua tradicional linha editorial que deturpa os fatos de acordo com a conveniência, a matéria se refere ao meu encontro com Dilma, como um “encontro secreto”, querendo passar para os leitores a idéia de uma armação ou conspiração contra Cabral. As pessoas já devem estar imaginando eu e a ministra Dilma entrando num prédio, em carros de vidro escuro, quase clandestinamente. Nada disso!

Chega a ser ridículo o destaque dado a esse encontro que não teve nada de secreto. Foi apenas um encontro reservado, em que eu estava acompanhado da minha filha, a vereadora Clarissa Garotinho e do deputado federal Geraldo Pudim. Não era um evento político pra chamarmos a imprensa.

Já falei aqui no blog, que eu, minha esposa Rosinha e a ministra Dilma fomos companheiros de militância, na época do PDT e sempre tivemos um ótimo relacionamento. A vida, às vezes nos faz seguir caminhos diferentes, mas isso não significa que distanciamentos políticos transformem as pessoas em inimigas.

Hoje, a ministra é candidata do presidente Lula à sua sucessão. O meu partido, o PR (Partido da República) faz parte do governo Lula e, portanto da base aliada. Eu sou o presidente regional do PR e indiferente de vir a decidir ser candidato ao governo do Estado ou não, as pesquisas mostram que eu tenho em torno de 24% a 25% das intenções de voto. Até pela nossa boa relação de tantos anos, nada mais natural que nós dois conversássemos. Daí a quererem transformar o nosso encontro em uma conspiração secreta há uma longa distância. Essa é a realidade dos fatos e nada mais tem que ser dito sobre o referido encontro.

Mas eu sei bem, o que está por trás dessa matéria de O GLOBO, que sem querer, traz à tona a insegurança do governador Sérgio Cabral, quando coloca até o líder do PMDB na ALERJ, Paulo Melo para afirmar, que Cabral é que é o candidato do presidente Lula, como se, com todo o respeito, o referido deputado estadual fosse interlocutor de Lula ou pudesse agir como seu porta-voz.

Na verdade, Cabral passou recibo da sua insegurança, no momento em que ficou enfurecido, como mostrou a FOLHA e o próprio O GLOBO cita isso, por saber que Dilma conversou comigo. O governador Sérgio Cabral age como um menino mimado que diz: “pra você ser minha amiga, não pode ser amiga dele, só de mim”.

A coisa é tão ridícula que o vice-governador Pezão, não tendo como justificar “a fúria” do seu chefe, que todos tomaram conhecimento, afirmou de forma infantil: “Cabral não está nem aí (para o encontro), não passou recibo. A eleição hoje só interessa para quem está fora de governo e não é o caso de Cabral”.

Cabral nem precisaria passar recibo. Pezão se encarregou de passar por ele.

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