Em 2002, quando disputei a eleição presidencial e quase fui ao segundo turno, numa entrevista, fui perguntado o que esperava do política econômica caso o LULA vencesse a eleição. Minha resposta foi: nada, afinal são PETECANOS, petistas com alma de tucanos. Não deu outra. Lula colocou Henrique Meireles no Banco Centra e manteve a política econômica de FHC, superavit primário, meta de inflação e câmbio flutuante. Nada de tocar na real causa da desigualdade brasileira, a trilionária dívida pública. Nunca auditada, sempre excluída dos cortes, que empobrece os brasileiros e aumenta a fortuna de meia dúzia de banqueiros e dos 1% ricos, que vivem de renda.
Agora, no quinto governo petista, estamos conhecendo os LULAROS, ganham com discurso de oposição e governam com a política econômica de Bolsonaro. Os 15% de juros insuportáveis de agora são a principal causa do atraso sistemático do Brasil faz tempo. Essa tragédia foi introduzida no país em troca do fim da inflação. Não temos demanda para isso. O brasileiro, mesmo que tivesse vontade, não conseguiria ser um gastador, não tem dinheiro para isso.
Estamos diante de um dilema, a única solução para pormos fim a esse ciclo que enfrentamos há 30 anos: ou enfrentamos os banqueiros com a auditagem da dívida, cancelamento do que não é devido, e alongamento dos pagamentos ou seremos esmagados por ela.