Quando protocolei, em 2012, a primeira notícia crime na Procuradoria Geral da República em Brasilia contra Sérgio Cabral, Picciani, Pezão, Eduardo Paes e mais de uma centena de empresários e políticos, riam de mim, me chamavam de louco,exagerado e - diziam jornalistas - que era invenção para prejudicar Cabral. Tudo o que mostrei está sendo comprovado, mas falta muito para se fazer justiça.
A nova prisão do braço direito de Cabral pode jogar luz na maior roubalheira do Estado: o esquema dos precatórios, onde bilhões deixaram de entrar nos cofres públicos, antecipando pagamentos futuros, a maioria das vezes com dívidas podres de empresas que nem funcionavam há décadas.
Nessa engrenagem corrupta, REGIS e Cabral ganharam milhões, junto a escritórios de advocacia, cujos nomes famosos dificultam a investigação pelo poder que detém no meio jurídico.

Nada difícil de investigar: relação dos precatórios pagos; quem utilizou deles para abater imposto corrente ou dívida com a fazenda pública; escritório que atuou; crédito podre utilizado para compensar a dívida; quem homologou nas duas pontas - o governo e na justiça.

Os valores alcançam bilhões de reais. Esse é o ponto nevrálgico das investigações. Sei bem, pois é desse grupo que partem as perseguições contra mim. Usam o poder que tem, de forma covarde,para tentar desmoralizar quem os denunciou.

Só Deus sabe as humilhações que eu e minha família estamos passando, quando tomei a decisão de enfrentar a máfia do Estado, liderada por Cabral. Mas a verdade um dia aparecerá!

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