Os professores estaduais completam hoje, 38 dias em greve. Cabral como sempre não recebe ninguém e dá ordem aos secretários para empurrarem a negociação com a barriga, na esperança de esvaziar o movimento. Foi o que fez com os bombeiros. É a desculpa é a mesma de sempre: não tem dinheiro para pagar mais aos professores. Mas para torrar em publicidade, para contratos sem licitação e isenções fiscais aos amigos, para isso dinheiro não é problema.
Só para vocês se situarem a hora / aula que Cabral paga hoje a um professor estadual é de R$ 11,60. Para efeito de comparação, a prefeitura do Rio paga R$ 19,05 e a Duque de Caxias, R$ 30,09. É um dos piores salários de professor do Brasil. Aliás, proporcional ao penúltimo lugar que o Estado Rio tirou no ranking nacional do Ensino Médio, só à frente do Piauí.
Hoje, à tarde tem reunião com o secretário-economista Wilson Risolia. Vamos ver se Cabral vai apresentar alguma proposta de aumento. Mas, um fato nesse movimento dos professores é digno de um comentário. Até agora não vi um deputado do PT defender os professores e cobrar uma solução do governo Cabral. Aliás, no movimento dos bombeiros foi a mesma coisa, só Molon e Lindberg, em Brasília, o resto ficou todo mundo calado. Os médicos do Estado e do município estão lutando por melhores salários e condições dignas de trabalho e cadê os petistas para os defenderem?
É engraçado como o PT mudou. Surgiu como o Partido dos Trabalhadores, mas hoje, em troca de meia-dúzia de boquinhas no governo Cabral, deu as costas para os trabalhadores fluminenses, e se esconde para não desagradar o governador. Depois os petistas não sabem por que não têm votos no Rio. Quem te viu e quem te vê, PT!