O presidente da Alerj, André Ceciliano, reagiu com indignação à campanha da Firjan em favor da privatização da Cedae. Em nota nas redes sociais, nesta quinta-feira, enquadrou o presidente da federação, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, após publicação no site da entidade de contundente defesa da concessão da estatal.

“É “imoral e inaceitável” - para usar os mesmos termos da nota divulgada pela FIRJAN - que tenhamos uma federação que mantém há 25 anos o mesmo presidente”, afirmou.

Ceciliano apontou ainda as contradições da gestão longeva de Eduardo Eugênio à frente da entidade empresarial, num condenável processo de perpetuação no poder.

“ Neste período (entre 1995 e 2019), enquanto o emprego com carteira assinada no total da indústria de transformação no Brasil cresceu 47,4%, no ERJ ocorreu uma queda de 6,3% - o pior desempenho entre todas as unidades federativas, de acordo com dados da Rais/Ministério da Economia, sem que tenhamos assistido a uma reação do presidente da FIRJAN à altura da gravidade dos fatos.”.

Leia a íntegra da nota:

É “imoral e inaceitável” - para usar os mesmos termos da nota divulgada pela FIRJAN - que tenhamos uma federação que mantém há 25 anos o mesmo presidente. Neste período (entre 1995 e 2019), enquanto o emprego com carteira assinada no total da indústria de transformação no Brasil cresceu 47,4%, no ERJ ocorreu uma queda de 6,3% - o pior desempenho entre todas as unidades federativas, de acordo com dados da Rais/Ministério da Economia, sem que tenhamos assistido a uma reação do presidente da FIRJAN à altura da gravidade dos fatos.

A decisão - repito, SOBERANA - tomada pela ALERJ visa a permitir a negociação de um melhor acordo para o Estado renovar o RRF, assunto de fundamental importância para o futuro do Rio, mas que, infelizmente, o presidente da FIRJAN finge não compreender, talvez para, como de costume, ficar bem com o governante da vez.

Importante saber que, entre setembro 2017, quando foi assinado o RRF, e setembro de 2020, quando ele deveria ter sido renovado (não o foi até hoje), o Rio conseguiu aumentar as suas receitas em 18% (de R$ 50,1 bi para R$ 59,4 bi) e reduzir suas despesas com pessoal em 3% (de R$ 33,6 bi para R$ 32,5 bi) - números ignorados pela equipe econômica do Governo Federal quando da não renovação do RRF, do qual só não fomos excluídos por uma decisão liminar dada pelo ministro Luiz Fux, do STF.

A Alerj também fez a sua parte e, neste período, devolveu mais de R$ 1,5 bi para o Estado investir em áreas prioritárias, como Saúde, Segurança e Educação, pois era preciso dar o exemplo.

Quanto ao presidente da Firjan, me pergunto em que medida ele está realmente fazendo a parte dele na legítima defesa dos interesses da indústria do Rio de Janeiro.

Atenciosamente.
Deputado André Ceciliano”

REPRODUÇÃO: AGENDA DO PODER

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