A festa de abertura pelos olhos da mídia internacional - Rio de Janeiro
Cadeiras vazias, Temer e Gisele: a festa de abertura pelos olhos da mídia internacional. A cerimônia de abertura da Olimpíada, nesta sexta-feira, no Maracanã, repercutiu na mídia internacional por diferentes motivos. Seja pelas cores, pela História do Brasil celebrada em performances impressionantes ou pelo funk, a festa chamou atenção dos veículos estrangeiros.
O jornal britânico "Daily Mail", por exemplo, jogou luz sobre a presença de muitas cadeiras vazias no Maracanã. "A cerimônia de abertura da Olimpíada 2016 está sendo realizada nesta sexta-feira com uma festa impressionante da cultura brasileira - ainda que milhares de assentos tenham sido deixados vazios no estádio, uma vez que os brasileiros, irritados com sua situação econômica, preferiram se manter distantes", disparou o "Daily Mail". "O estádio de 80 mil lugares foi inferior tinha menos de dois terços de sua capacidade ocupados, quando as luzes se apagaram. Vinte minutos antes de o mundo estar sintonizado, muitos dos assentos do show 'esgotado' permaneciam vazios", continuou o jornal britânico.
Já o argentino "Clarín" pontuou sobre as manifestações presentes na parte externa do Maracanã, momentos antes do início da festa de abertura. "Também houve, fora do imponente Maracanã, uma outra face da festa: a das queixas populares. Milhares de cariocas, vindos de diversos lugares, se manifestaram contra o evento. Bradavam suas reclamações com cartazes: 'Jogos da exclusão' ou 'Estado assassino' eram algumas das mensagens mais fortes. Em torno deles, armados de todos os lados, milhares de policiais buscavam evitar qualquer excesso", descreveu o jornal.
Já o britânico "Independent" menciona a alegria, as cores e o "Carnaval" montado pela organização da Rio 2016, mas questiona: pode o Brasil fazer um Carnaval diante do caos?, Já a revista "Forbes" atentou para a quebra de protocolo que fez com que o nome do presidente em exercício, Michel Temer, não fosse proferido durante a abertura dos Jogos. "O motivo parece ser bastante óbvio. Temer não queria receber uma uma chuva de vaias do estádio, ou então o grito de 'Fora, Temer!', que vem ecoando pelas ruas do Rio de Janeiro nos últimos tempos", alfinetou a "Forbes". Já o inglês "Mirror" só teve olhos para Gisele Bündchen. "Envolvida por um vestido prata metálico e montada em saltos altíssimos, Gisele parecia confiante ao fazer sua caminhada final após se retirar das passarelas no ano passado", comentou o jornal. "Gisele, que não é de Ipanema (mas do Sul do Brasil), mas que, em resumo, representa bem o Brasil. Sua caminhada, ao som da célebre 'Garota de Ipanema', cruza o gramado do Maracanã, indo ao encontro do neto de Tom Jobim. E a magia funciona", diz o italiano "Corriere Della Sera", também fascinado pela gaúcha. Jornal Extra 06/08/16