Garotinho discursa em defesa da CPI da CBF, em março do ano passado (Imagens da TV Câmara)
Garotinho discursa em defesa da CPI da CBF, em março do ano passado (Imagens da TV Câmara)


Quando no dia 3 de março do ano passado dei início à coleta de assinaturas para a instalação da CPI da CBF, muitos colegas me tentaram convencer a desistir. Apesar de todas as pressões consegui 141 assinaturas das 171 necessárias.


Reprodução do portal Lance Net
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Mas infelizmente muitos deputados atendendo a Ricardo Teixeira acabaram retirando suas assinaturas esvaziando a CPI. Cheguei a cobrar os deputados que retiraram a assinatura na tribuna da Câmara, conforme poderão relembrar abaixo.





Ricardo Teixeira foi à Câmara onde distribuiu camisas da seleção autografadas e ingressos, prometeu amistosos do Brasil em cidades de alguns deputados e foi recebido até com toda a pompa pelo presidente Marco Maia (PT – RS). Conseguiram impedir a CPI, mas eu obtive uma vitória ao aprovar na Comissão de Fiscalização e Controle, uma PFC (Proposta de Fiscalização e Controle) para apurar os desvios na entidade. Foi uma luta árdua com a “bancada da bola”, a mando de Teixeira, tentando de todas as formas blindá-lo. No meio do caminho surgiram as denúncias da BBC de Londres sobre os casos de corrupção internacional em que o agora ex-dirigente da CBF está envolvido e isso ainda agravou mais sua situação.

A renúncia de Teixeira mais do que mostrar que ninguém é invencível eternamente, tem para mim um sabor especial, afinal eu dei o pontapé inicial a essa batalha final que terminou com a derrota do ex-capo da CBF.

Mas quem ficou em situação constrangedora foram os parlamentares que assinaram a CPI da CBF e depois sob as mais diversas e implausíveis alegações, sob pressão, retiraram suas assinaturas do pedido de CPI. Gostaria de saber o que hoje têm a dizer os deputados que cederam à pressão de Ricardo Teixeira.


Os 59 deputados que assinaram o pedido de CPI da CBF, mas depois, diante das pressões, retiraram suas assinaturas
Os 59 deputados que assinaram o pedido de CPI da CBF, mas depois, diante das pressões, retiraram suas assinaturas


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