No ano passado a imprensa denunciou um desvio de R$ 70 milhões do Previ-Rio, o fundo de previdência dos servidores da prefeitura. A reboque vieram outras notícias sobre o caos na gestão do Previ-Rio, mas ninguém sabia que a situação era de calamidade. Paes agora quer vender o prédio da prefeitura, está “passando o chapéu”.

Vocês devem estar lembrados que eu mostrei aqui que o Estado está quebrando, entre vários motivos, pela política fiscal irresponsável de Cabral, que já deixou de arrecadar R$ 50 bilhões só por conta de incentivos. Relembrem o que escrevi há um mês: “Para se ter idéia da situação, empresas que fizeram obras para o Estado, no DER, que não são do grupo de amigos de Cabral estão desde novembro sem receber uma fatura. A maioria das prefeituras não está recebendo dinheiro dos convênios do PADEM, que Cabral mudou o nome para Programa Somando Forças (feito às vésperas das eleições de 2010). A situação é tão grave que CFTs (Certificados Financeiros do Tesouro) criados no meu governo para capitalizar o RioPrevidência com vencimento em 2022, estão sendo antecipados (11 anos antes) para cobrir o déficit do Estado. No ano passado, o governo estadual teve que contrair empréstimo junto a um organismo internacional para pagar parte da dívida com a União".

Pois, se Cabral demorou quatro anos e meio para levar o Estado a uma situação financeira dificílima, não tenham dúvidas, de que pelo ritmo que Paes vai, conseguirá afundar a prefeitura em menos de quatro anos.

Esse é o triste legado que Paes e Cabral querem deixar para o Rio de Janeiro, a cidade e o estado.