Ontem, o instituto de pesquisa Instituto Prefab Future (empresa LabPop Group), divulgou pesquisa de intenção de voto para o governo do estado. Apareço empatado tecnicamente, dentro da margem de erro, em primeiro lugar, com o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes. Gostaria de fazer algumas considerações. A primeira delas é que passei por uma verdadeiro massacre midiático com desinformações a respeito de minha vida política e da minha esposa Rosinha. Não respondemos a nenhum processo relativo à Operação Lava Jato, nem temos condenações por nossa atuação à frente do governo do estado como, principalmente a Globo, faz parecer. Os dois casos que envolveram o nosso nome são relativos à justiça eleitoral de Campos e tem sido revisto nas estâncias superiores. A segunda é que, em momento algum, me coloquei como candidato ao governo do estado. A terceira é que a pesquisa apresentou diversas opções de nomes, a grande maioria deles no interior e na Baixada, regiões onde sou mais forte eleitoralmente. O que significa que, em uma pesquisa com menos nomes, vou aparecer bem melhor. Quarto, é natural que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que disputou e venceu recentemente a eleição para prefeito do Rio, esteja na memória dos eleitores, já que teve grande exposição no horário de campanha eleitoral. Dito isto, me parece que a pesquisa mostra claramente que há três tipos de eleitores no estado. O primeiro deles são os desencantados: acreditaram que uma pessoa sem nenhuma experiência política iria resolver os graves problemas administrativos e financeiros do estado do Rio de Janeiro. O segundo grupo é composto dos eleitores mais ideológicos, que votam à esquerda ou à direita, entrando na polarização que vive o Brasil hoje. E o terceiro são os eleitores pragmáticos: querem votar em quem tem experiência comprovada à frente do governo estadual.

O governador Cláudio Castro pode aproveitar esse vazio e crescer muito, já que o seu nome é pouco lembrado pela maioria dos eleitores do estado. Vale lembrar que, antes de ser vice-governador e agora governador, se elegeu vereador pela cidade do Rio de Janeiro. Mas com os cofres cheios e uma administração criativa que supere a burocracia e a desordem que imperaram nos últimos anos no Rio, pode se tornar um candidato forte e viável. Só depende dele.

Quanto a mim, não estou filiado a nenhum partido. E não decidi se vou disputar qualquer cargo na próxima eleição. Quero aproveitar para agradecer ao povo. Afinal, já são quase 20 anos que deixei o governo do estado com a maior aprovação já obtida por uma governador, segundo o Datafolha. E a pesquisa mostra que o povo não esqueceu.


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