O Ministério Público Federal denunciou por corrupção o ex-procurador Marcello Miller, os delatores da JBS Joesley Batista e Francisco de Assis e a advogada Esther Flesch.

Segundo a denúncia, Joesley e Assis ofereceram vantagens indevidas a Miller, aproveitando-se da condição dele de membro auxiliar do grupo de trabalho da Lava Jato, para conseguir um bom acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República, envolvendo imunidade para seus crimes.

A peça de acusação diz que uma fatura de R$ 700 mil emitida pelo escritório de advocacia contratado pela JBS mostra que Miller receberia pelas horas trabalhadas para os delatores quando ainda era membro do MP.

Na semana passada, a Polícia Federal indiciou os quatro e, também, a advogada Fernanda Tórtima. A omissão de envolvimento de Miller durante a negociação da delação premiada para ajudar os executivos foi um dos principais pontos apontados pelo delegado da PF Cleyber Malta Lopes. O delegado é o mesmo que conduz a investigação sobre a edição do Decreto dos Portos, assinado pelo presidente da República Michel Temer, em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

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