O juiz Sergio Moro aceitou denúncia contra nove pessoas, entre ex-funcionários da Petrobras e operadores de propina, investigados na 51ª fase da Lava Jato, batizada de "Deja Vu". Eles são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo o Ministério Público Federal, o departamento de propina da Odebrecht pagou cerca de US$ 24,7 milhões em vantagens indevidas a ex-executivos da Petrobras e da Odebrecht. Outros US$ 32 milhões teriam sido destinados a políticos do PMDB, que, segundo Moro, ainda não foram completamente identificados.
Em depoimento de delação premiada, Marcio Faria, delator da Odebrecht, afirmou que o presidente Michel Temer, que na época era candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff, participou de reunião em julho de 2010 para discutir o valor, que chegava a US$ 40 milhões para o PMDB, e delegou a Eduardo Cunha e a Henrique Eduardo Alves, então deputados e presentes ao encontro, a tarefa de operacionalizar os repasses, que representavam uma taxa de 5% sobre o valor dos contratos.