Sem Lula candidato, uma ala grande do PT defendia o apoio a Ciro Gomes, com um vice-petista. Mas a postura de Ciro, que foi ex-ministro de Lula, no episódio da prisão o afastou dos petistas. Nem tanto por não ter ido beijar a mão de Lula em São Bernardo do Campo, mas, acima de tudo, pela sua justificativa, dada à imprensa, sobre o motivo de não ir prestar solidariedade: "Não sou puxadinho do PT e não serei jamais. Nos últimos 16 anos eu apoiei o Lula sem faltar um dia. Eles que façam dessa história (prisão) o que eles quiserem fazer".
Mas apesar da animosidade que reina no momento, se até a campanha, que começa em julho não houver uma alternativa viável, não é impossível uma aliança entre o PT e Ciro. Basta que Lula aponte esse caminho como o melhor para o partido, na falta de opção melhor.