Sente-se no ar, por uma parte da mídia, uma tentativa de proteger o ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes no caso das delações da Odebrecht. Mas o ex-prefeito do Rio está no mesmo patamar que Sérgio Cabral, Pezão e Jorge Picciani.
No caso de Paes só tem se falado do inquérito que vai responder no STF, junto com seu “queridinho”, o deputado Pedro Paulo. Trata-se do inquérito 4435, onde a delação de Benedicto Júnior aponta pagamento de propinas de R$ 16 milhões para a Odebrecht participar das obras olímpicas, sendo R$ 11 milhões pagos no Brasil, uma parte em dinheiro vivo, e mais R$ 6 milhões depositados em contas no exterior. Esse inquérito está no STF porque Pedro Paulo, como deputado, tem foro privilegiado.
Mas o que ninguém fala é que o ministro do STF, Edson Fachin enviou à Justiça Federal do Rio, mais três pedidos de inquérito sobre Eduardo Paes.
Petição 6714 – Trata de doações eleitorais na campanha de 2008, combinadas com a Odebrecht em troca de contratos futuros em obras da Prefeitura do Rio.
Petição 6814 – Trata de doações eleitorais por caixa dois na eleição de 2012.
Petição 6772 – Vantagens indevidas (propina) na duplicação da Avenida Salvador Allende, obras no entorno do Parque Olímpico, projeto Fábrica de Escolas do Amanhã e obras nas lagoas da Barra.
E além disso também aparecem pagamentos de recursos indevidos (propina) na obra do Porto Maravilha, obra de Eduardo Paes, em inquérito agregado ao ex-deputado Eduardo Cunha.
É bom lembrar que esses casos são só da Odebrecht, e que muitas outras empresas fizeram obras para as Olimpíadas.
Inclusive uma pergunta está até agora sem resposta: quem paga as despesas de Eduardo Paes em Nova Iorque, que giram em torno de US$ 50 mil por mês?
Outras curiosidade: que fim levaram as contas em nome da irmã e do pai de Eduardo Paes, denunciadas por este blog desde 2013, mostrando a existência de US$ 8 milhões sem comprovação de origem, depositados numa offshore no Panamá?
Como podem ver, os casos, na delação da Odebrecht, que envolvem Eduardo Paes, vão muito além da propina de R$ 16 milhões nas obras olímpicas, que a mídia vem veiculando. É por isso que afirmo que Paes é farinha do mesmo saco que Cabral, Pezão e Picciani.