Era tanta grana que Cabral roubava, eram tantos milhões em propinas mensais, que os doleiros que trabalhavam para o ex-governador não davam vazão para lavar o dinheiro. Os irmão Renato e Marcelo Chebbar contaram à força-tarefa da Operação Calicute que foram obrigados a dividir o esquema com outro doleiro que opera no Uruguai, conhecido com Juca Bala. Mesmo assim era dinheiro demais para lavar. A solução foi alugar uma sala em Ipanema para guardar dinheiro da propina de Cabral. Na "sala-cofre" chegaram a ficar guardados R$ 7 milhões.
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Prédio na Rua Visconde de Pirajá, 550, em Ipanema, onde ficava a sala da propina de Cabral. Reparem que no térreo, por coincidência funciona uma joalheria, e na sobreloja (à direita) uma casa de câmbio |