Reprodução do blog de Lauro Jardim, do Globo
Reprodução do blog de Lauro Jardim, do Globo
Está na cara que essa insistência em ouvir essa mulher de Cingapura, com pedido de prorrogação de dois meses na defesa de Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, é uma manobra protelatória da sua defesa. O governo de Cingapura já oficiou as autoridades brasileiras que ela não tem nada a contribuir com o processo. Mas a jogada é ganhar mais dois meses e atrasar o julgamento, resta saber se vai colar com Sérgio Moro.

Comentários

30/01/2017

11:24

Marcos - RJ

Você sabe que ele vai dar o tempo que for necessário a ela, Moro, todos sabem, é tucano e atende ao serviço do Golpe... Quanto ao Cunha, foi um pedido da Globo, mas mesmo assim, foi estendido tapete vermelho a ele, com policiais a paisana e sem algemas... Se dependesse desse Moro, se ele tivesse um jeito, ele arrancaria a Dona Marisa dos tubos, direto para uma cela em Curitiba, o negócio dele é o PT, foi para isso que foi colocado lá...

31/01/2017

07:43

JORGE - RJ

Artigo de JORGE PONTES EX DIRETOR INTERNACIONAL DA INTERPOL NO BRASIL. O último alvo da Lava Jato Governadores e megaempresários presos sem chances de se livrarem de pesadas penas falam em delações. Ameaçam ou esboçam disposição de aderir a um acordo de cooperação e delatar. Mas afinal, o que ainda poderia trazer de novidade -- para cima, escalando -- alguém que já se encontra no topo do topo da pirâmide alimentar do crime? Seriam apenas blefes? Ou tentativas de confundir a persecução penal? Temos que perceber que a estrutura montada para o funcionamento do Crime Institucionalizado já está sendo desmontada no Executivo e no seu braço do Legislativo, em suas mais altas esferas e extratos. Mas algo nos faz crer que algumas turmas no STJ e alguns ministros do STF sejam igualmente peças deste esquema. Afinal de contas, todo grande golpe, toda máfia, tem sua "equipe de limpeza". Quem não percebeu que alguns desses "deuses do olimpo", em determinadas situações, parecem atuar mais para defender os grupos políticos que os indicaram do que para qualquer outra coisa? Esse esquema de poder, de manutenção de poder, de loteamento do Estado, de exploração política das empresas estatais, de desvios de finalidade, de traições aos interesses públicos e nacionais, destrói as chances de desenvolvimento do país, mas rende bilhões para essas oligarquias, para essas elites anacrônicas que comandam o Brasil. Se as últimas instâncias da Justiça forem comprometidas, teremos a desgraçada possibilidade de perdermos tudo o que conquistamos com a Lava Jato, e perderemos aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, pois é no final da "partida" que a última instância se manifesta. Essa gente se acha inatingível e joga com o povo, como se fôssemos peças num tabuleiro, ao seu bel prazer. Quem afinal iniciaria um processo contra um ministro do STF? Se presidentes da República, senadores e governadores se corromperam e estão incriminados, por que os Ministros dos Tribunais Superiores (que foram indicados, escolhidos e nomeados por esses mesmos políticos corruptos) não se corromperiam? Vieram, por acaso, da Finlândia, da Suécia, de Marte? Temos de iniciar um movimento sério para propor profundas mudanças no processo de escolha dos magistrados das altas cortes, totalmente despolitizado, bem como é imperioso o estabelecimento de um "recall" para esses altos magistrados. Um partido, um governo e um presidente da República, respectivamente, sugere, indica e nomeia um cidadão com quarenta e poucos anos de idade para o STF, e a partir daí teremos, nós, sociedade brasileira, que aguenta-lo até os seus 70 anos, por quase três décadas? Já imaginaram quanta omissão, quanta traição, quanta venalidade e quanto prejuízo se perpetra em 30 anos em uma cadeira da Alta Corte? Nos livramos de um mau presidente ou de mau governador em 4 anos, mas temos que aturar essa "herança maldita" nos Tribunais por décadas. Isso sem falar que são eles os encarregados de processar e punir a si próprios. Afinal, quem fiscalizaria o fiscal? Sabemos muito bem que não pode haver castelos, nem tampouco figuras intocáveis em uma República. Espero que essas delações, se realmente existirem, cheguem ao último "departamento" do Crime Institucionalizado, isto é, à "equipe de limpeza" montada nas altas esferas do nosso Judiciário.