A turma que está presa na mesma cela de Cabral em Bangu 8 aproveitou as férias do juiz Marcelo Bretas para tentar sair da prisão. Mas a estratégia não deu certo. A juíza Débora Valle de Brito, substituta do juiz Marcelo Bretas na 7ª Vara Federal Criminal do Rio, concordou com o parecer do Ministério Público Federal do Rio. e negou todos os pedidos.
Luiz Paulo Reis, José Orlando Rabelo e Wagner Jordão Garcia pediram a revogação da prisão preventiva. Já Luiz Carlos Bezerra e Hudson Braga requereram a prisão domiciliar. Nos pedidos, os acusados minimizaram as suas participações no suposto esquema.
A juíza além de negar os pedidos evidenciou a existência de "gigantesco esquema de corrupção, desvio e de lavagem de dinheiro engendrado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, envolvendo agentes públicos e grandes empreiteiras".
Sobre o argumento de que haveria "o risco iminente de rebelião" nos presídios em que se encontram, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, a juíza rebateu alegando que "a suposta situação de risco é comum a toda e qualquer pessoa recolhida em estabelecimento prisional brasileiro, ou mesmo em liberdade, no Estado Brasileiro, diante do grave quadro de segurança pública nacional, não servindo a justificar qualquer tratamento individualizado aos ora requerentes", afirmou.
Só Sérgio Cabral não entrou com pedido, o que, é claro, foi uma estratégia da sua defesa que aguardava uma decisão favorável aos demais integrantes da quadrilha para pedir extensão do benefício. Aliás, Cabral faz 54 anos na sexta-feira e se houver alguma comemoração será na cela de Bangu 8.