Amanhã faz dois meses que o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) deixou a Secretaria de Governo da Presidência da República. A principal atribuição do cargo é negociar com o Congresso, atender e negociar com deputados e senadores. Michel Temer chegou a anunciar para o lugar de Geddel o deputado tucano Antonio Imbassahy (BA), mas a base aliada, principalmente o Centrão, se debateu contra a escolha, além da imprensa ter noticiado com destaque que o parlamentar é citado na delação da Odebrecht. Temer deu um passo atrás e deixou a nomeação para depois. Está usando o cargo para negociar apoio à candidatura de Rodrigo Maia à presidência da Câmara. Diz que só vai fazer a nomeação depois da eleição na Câmara, que acontece dia 2 de fevereiro.

O problema é que os tucanos querem a Secretaria de Governo com "porteira fechada", ou seja, com direito a nomear todos os cargos de confiança. O PMDB não aceita isso de jeito nenhum, aliás o que o partido do presidente quer é a mesma coisa que o PSDB, indicar o ministro com todos os cargos, mas sabe que terá que fazer concessões.

Em suma a tão propalada mudança que Temer anunciou na posse não passa de mais do mesmo. É a mesma velha política, com os mesmo atores, com roteiro plagiado.

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