O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha afirma com muita propriedade que Dilma só volta ao cargo se houver "acidente de percurso". O problema é que como vimos esta semana, a Lava Jato pode provocar a qualquer momento um "acidente de percurso", vide o que ocorreu com Romero Jucá. O episódio de Juca fez o PV decidir pela independência do governo Temer e PSDB e DEM não esconderam o desconforto com situação. Padilha diz: "Nós temos certeza de que o presidente Michel Temer passa ao largo dessa questão da Lava Jato". De fato até agora não há nada que associe diretamente Temer ao Petrolão. Mas é bom lembrar que há outros ministros de Temer investigados pela Lava Jato. Daqui até ao julgamento do impeachment temos de dois a três meses pela frente, tempo suficiente para novas etapas da Lava Jato, novas delações, novos vazamentos, ou o que o Palácio do Planalto mais teme, um "acidente de percurso".