O TCE agiu corretamente em mandar suspender o repasse de verbas à RioCard, que administra o Bilhete Único Estadual, até receber todas as informações sobre os R$ 600 milhões que o governos Cabral - Pezão repassaram no ano passado. Essa caixa-preta milionária não tem qualquer controle, nem é fiscalizada pelo Estado.
O presidente do TCE, Jonas Lopes de Carvalho mostra bem o tamanho do absurdo: “Os valores creditados no Bilhete Único têm validade de um ano. Quando o passageiro não usa todos os créditos, eles são cancelados. E para onde vai esse dinheiro? Qual é esse valor? Precisamos saber disso. O estado paga R$ 600 milhões por ano às empresas de transporte para dar o benefício do Bilhete Único aos passageiros. Esses recursos são públicos. Tem de haver transparência”.
Mas o pior de tudo é a cara de pau do secretário de Transportes, Carlos Osório, que diz que o Estado não pode fiscalizar porque trata-se de empresa privada. Mas pode dar R$ 600 milhões, né? Espero que o TCE abra mesmo essa caixa-preta e acabe com essa farra que envolve milhões e beneficia os empresários de ônibus, amigos de Cabral e Pezão.